terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pássaro Perdido

Aqui entre nosso pai e o Barroso


De uma feita, queria por força, que meu mano Marcelo viesse embora para Florianópolis comigo. Aqui era o melhor para ele, pensava eu.
Hoje vejo que, guardadas as devidas proporções, seria um pássaro perdido...

Pássaro Perdido
Os Posteiros

Bom cavalo, arreio bom
Pilcha simples, bem cuidada
E uma estampa de monarca
Mesmo tendo quase nada

Palha, fumo, carne gorda
Erva buena não faltava
Pro índio flor de campeiro
Serviço sempre sobrava

Veio a visão da cidade
E o pago se fez lembrança
Hoje amarga a dura lida
Num pôr-de-sol de esperança

Cativo ao brete das ruas
Como pássaro perdido
Negaceando alguma changa
Pro prato tão diminuído

Por isso, quando se encontra
No espelho fundo de si
Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"

Ouve o tempo debochando
"Bem-te-vi, já te vi bem
Já te vi bem, bem-te-vi"

Um comentário:

Anônimo disse...

Pássaro Perdido todos somos, Torero...
E feridos, também.

Poderias voltar a escrever, han!?
Só estas lambidinhas não tem graça...há que meter!


Extraditado em Valparaíso.