segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cartografia Afetiva

"Daquela terra, daquela argila..."

 Nascido entre a lagoa, hoje bem dizer morta, e o mar, cada dia maior, seu norte oscilava entre estas duas águas e a poeira da estrada.

A lagoa de sombrio, a lagoa de sombrio, corre que desaparece ai, ai...

Ela, sempre silenciosa, fazia com que as vozes que soavam longe tivesemm seus vultos a umas braças de distância e o ronco do Tarrã parecesse sempre mais distante.


Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Ele, sempre presente, tinham como que suas ondas rolando no pátio de casa, quanto mais se aproximava mais ficava salgado o cheiro do ar.



Como uma curva de caminho.
Anônima,
Torna-se às vezes a maior recordação de toda uma volta ao mundo!
 E o chão, a terra, a estrada, a poeira, com tudo que encerram: origem, essência, posse, sobrevivência, destino, ida-volta, fuga e reencontro, o moldaram.