sábado, 31 de maio de 2008

Por favor...

...vocês meninas, que entram, aqui, em bandos , apenas para ver minhas fotos e deixar comentários, os quais sou obrigado a moderar, tal seu teor. Que tal utilizarem melhor seu tempo e darem uma olhada nesta revista!? http://arteeletra.com.br/estorias/ ; para virar a página é no canto inferior direito; a explicação deve-se ao fato de que, entre estas minhas admiradoras , muitas serem leitoras vorazes de Rosamunde Pilcher, então...

Rosamunde Pilcher

Escrever II

E este aqui.
"A linguagem é uma chaleira rachada que batemos para fazer os ursos dançarem. Quando o que queríamos mesmo era mexer com a clemência das estrelas." Gustave Flaubert
Outro.
"Escrever têm leis de perspectiva, de luz e sombra, como a pintura ou música. Se você nasceu sabendo estas leis, ótimo. Senão as aprenda. Então re-adapte as leis para você." Truman Capote
E mais outro.
"Para escrever uma ficção uma mulher precisa ter dinheiro e um quarto só dela." Virginia Woolf
E o Hemingway disse:
"O primeiro rascunho de qualquer texto é uma merda." Ernest Hemingway

Escrever

“Escrever é uma forma de terapia; às vezes eu fico pensando como todos os que não escrevem, compõem ou pintam conseguem evitar a loucura, a melancolia e o pânico que são inerentes à condição humana.” GRAHAM GREENE


Existem muitas outras justificativas para escrever; melhores ou piores, menos erradas ou mais certas, não as há. Oque vale é soar bem aos ouvidos, ter ritmo. E um nome depois das " ".

Aí vai outra...
"Eu escrevo pela mesma razão que eu respiro, se não fizesse eu morreria." Isaac Asimov

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Iansã


Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos Raios e das Tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.
Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.
Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é sincretizada com Santa Bárbara.
Divindade ctoniana, Iansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da multifária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.

A Lenda.

Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre.Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte.
Quando anoiteceu ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo ( pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal ), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibi-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa.Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa.
Desse casamento nasceram nove crianças, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-las, dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro.
Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente. E por esse motivo que os chifres estão presentes nos assentamentos de Iansã.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Todoprosa.

"Por que tenho de diminuir as minhas horas em frente à televisão e começar a ler alguma coisa?
Não tem, não. Apenas deveria. Pela mesma razão que deveria comer menos cachorro quente e mais risoto de cavaquinha ao limão siciliano.
Se livros são tão bons, por que ninguém dá bola pra eles?
Não dar bola é relativo. Conheço um monte de gente que mataria por um conto, pularia no abismo por um poema. Quem não conhece os livros tende a lhes dedicar um desprezo semelhante ao que sentimos pela Pomerânia. É uma região historicamente fascinante, mas como saber disso se nunca estivemos lá?
Entre a ficção e a realidade, com quem você se casaria?
Com a realidade, sem dúvida. Não só me casaria como me casei. Ficção é para ler e, além disso, com suas Bovarys e Capitus, pode tornar sua vida um inferno."

Este é um trecho do que é o Todoprosa, lugar que gosto muito de ir, quando de uma entrevista do escritor e jornalista Sergio Rodrigues...tem o link ali do lado, mas de nada custa encaixar outro. http://www.todoprosa.com.br/

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Se os seus olhos eu for cantar...


Uma amiga reclamou que há poucas fotos, aqui. Pois bem.
Esta é Sharbat Gula, quando de 1984 foi capa de National Geographic, a câmera foi a de Steve McCurry.
Desde 1979 em guerra contra o invasor soviético, milhares de afegãos se concentravam em campos de refugiados no vizinho Paquistão, num destes estava a menina da foto, com mais ou menos 12 anos na época.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ossanha...Sem folha, não há Orixá.


Ossanha ou Ossãe é o Orixá das plantas medicinais e litúrgicas. Orixá das Folhas e das Matas.É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Orixás através do omieró ou abô (banho feito de ervas), assim como sobre todas as cabeças. Também a ele pertencem os ossos, nervos e músculos. As pessoas com defeitos físicos nas pernas. E que não possuem uma das pernas, quase sempre estão ligadas de alguma forma a esse Orixá, pois ele se apresenta sem uma das pernas, seja simbolicamente, assim como em transe dança com uma das pernas encolhidas como se não a possuísse, muitos de seus filhos conhecidos de todos nós, que não possuem uma das pernas quando da manifestação de Ossãe, dançam toda uma noite em uma perna só. Como as folhas estão relacionadas com a cura, Ossãe também está vinculado à medicina.

Conta uma lenda muito difundida em Cuba, que certo dia Xangô se queixa a Iansã uma de suas mulheres, que somente Ossanha possuía o segredo medicinal das ervas, e portanto todos os Orixás estavam dependendo dele na terra. Para agradar o Marido, Iansã lança seus ventos fortes aos quatro cantos do mundo, estes ventos derrubaram a cabaça de Ossanha que estava pendurada em uma árvore, quando o Orixá viu aquilo acontecer saiu gritando: "Ewé O! Ewé O!" ('Oh! As folhas! Oh! As folhas!'), só que já era tarde demais, os Orixás pegaram o que foi possível e as repartiram entre sí. Mas os Orixás não tinham o conhecimento das ervas e até hoje precisam de Ossãe para usá-las em seus rituais, ficando seu segredo a salvo.


Canto de Ossanha

(Baden Powell e Vinícius de Moraes)

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo senhor, saravá,
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

terça-feira, 20 de maio de 2008

Me chamem de Luciano...

Registrei a data de meu nascimento com três garfos de quatro dentes atados em um cordão azul, enterrados ao pé de uma castanheira juntamente com a guimba dos 72 cigarros tragados na noite insone, que por fim transbordaram o cinzeiro de latão com a logomarca de posto de combustível.No crepúsculo do amanhecer, num sótão, jugulei ante uma pedra negra touros sagrados. Durante um ano da Lua, fui declarado invisível: gritava e não me respondiam, roubava o pão e não me decapitavam. Conheci o que ignoram os gregos: a incerteza. Ultimamente tenho andado como um personagem de final de conto de Tchekhov: introspectivo, amargo, pessimista...porém vivo. Uma das consequências deste atual estado de espírito é a predileção-dentre os de Nabokov-por "Gargalhada na Escuridão". A outra, é que sempre que me pego ficando amargo, mandíbula tensa; sempre que em minha alma se faz um novembro chuvoso e cinzento; sempre que me vejo detendo involuntariamente o passo diante de agências funerárias e seguindo a cauda de todo cortejo fúnebre que encontro; e especialmente sempre que minha hipocondria leva a melhor sobre mim de tal forma que só um forte princípio moral me impede de sair à rua e, deliberadamente e com método, aplicar murros na cara dos passantes – nesses momentos, sei que está na hora de me embriagar.

sábado, 17 de maio de 2008

Paulinho fala sobre o blog...

Foi com enorme prazer que li, hoje, no site oficial do grande sambista Paulinho da Viola, uma nota sobre o nosso blog-sim porque é nosso este arremedo de alguma coisa ou de coisa alguma-transcrevo logo abaixo, pois, as palavras do mestre. Creio que entramos com o pé direito no mundo virtual.


"El Torero,
Grande personalidade, boêmio da mais pura cepa, bom bebedor e boa praça...e agora nos brinda com este espaço. Com ares de boteco, lugar em que podemos sentar, pedir aquele chopp bem tirado, acender um Marlboro ou um back, passar a mão em uma caixinha de fósforos e batucar um sambinha antigo pra rememorar com alguns bons amigos. Tem aquela mesa no cantinho...meia luz, ali só conhaque bebe-se, e a fossa impera. Naquela mesa tá faltando ele, ou ela, e a saudade ta doendo em mim. O perfume Gardênia se espalha, impregna, invade nossos sentidos como que espectralmente quando um bolero se escuta. Gente bonita e inteligente congregadas para o espalhamento das palavras...a ti e aos teus, que portelenses são!!!; que Eu sei. O forte abraço do Paulinho da Viola, e um sambinha pra tocar no sábado.


Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida
Paulinho da Viola

Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem manias de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém, ai porém
Há um caso diferente
Que marcou um breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me
Lembro anunciou
Portela, Portela
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ai, minha Portela
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo meu corpo tomado
A alegria de voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em
Minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em
Minha vida
E meu coração se deixou levar"

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sexta-feira é dela...

E ela chama-se Maria Clara Flores Steckert, nome de Imperatriz.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Quinta de Oxalá


OXALÁ

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.
As pessoas de Oxalá são calmas, responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.

Meu Pai Oxalá

Atotô abaluyê
Atotô babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto todo branco
Em meio à procissão.
E eu que ela nem via,
Ao Deus pedia amor e proteção:
Meu pai Oxalá é o Rei,
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotô abaluayê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei com a minha ingrata
Que era filha de Yansã
Com sua espada cor de prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô num balanceio
Cheio de paixão
Meu pai Oxalá é o rei
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotobaluaiê

O Parto...

E fez-se a Luz...

15 de maio de 2008, mais ou menos 18:50 de um outono como qualquer outono-não tão comum-mas um outono com cara de outono, enfim...sem folhas amarelas caindo de carvalhos, amendoeiras, acacias e estas outras de desenho do Mickey Mouse. Na vitrola toca, ia falar um B.B. King, mas não há vitrola nem o som do camarada-da-guitarra-que-tem-nome,no micro tem sim um Lupi, e dos bons, na voz da Elis, daquele CD, daquela coleção da ZH!; Tá ligado!?
Primeiro post, uma nova palavra hein!? POST, bacana isto (sou dos únicos que falam bacana) de ver nascer e se firmar novos vocábulos, primeiro post pois; Oxalá não seja o último.