sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Questões....

De uma parte de minha exposição, em uma mesa de bar, do porquê de urinar na rua.

"É um costume terrunho, telúrico, entranhado em mim. Verdadeira herança cultural, pois ao me levantar da frente da tela do computador e me dirigir tranquilamente até debaixo do pé de chuchu, nada mais faço que repetir o ato de meus avós e tataravós que boleando a perna de um cavalo, equilibrando-se na proa de uma canoa ou dando uma trégua no serviço dos arrozais, urinavam ao céu aberto sem peso na consciência."

15 comentários:

El Torero disse...

Baita cd da Janis, Torero.

I Got Dem Ol'Kozmic Blues Again Mama!

El Torero disse...

Obrigado Biskuin, já baixei...

El Torero disse...

Remete a Borges este dialógo, ela diria...

El Torero disse...

Eu, como alter-ego, digo: Vai trabalhar vagabundo.

El Torero disse...

Nem sabe direito oque é alter-ego, seu besta.

El Torero disse...

Achei um tempinho pra te responder.
E tu sabe? Coió...

El Torero disse...

pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. O termo é comumente utilizado em análises literárias para indicar uma identidade secreta de algum personagem ou para identificar um personagem como sendo a expressão da personalidade do próprio autor de forma geralmente não declarada.

Para a psicologia, o alter ego é um outro eu inconsciente.

Conheceu papudo?...e escrevi de memória.

El Torero disse...

Cara, se eu não te conhecesse.
Depois que inventaram a Wikipedia as discussões melhoraram bastante por estas plagas...todo mundo sabe de tudo um pouco.

El Torero disse...

Plagas...kkkkk!!! Aprendeu palavra nova, foi!?

Colafina disse...

Báh! Deu nó nas aspas!
Isso é o monólogo do diálogo? Discutindo tu com tu mesmo, Torero meu filho?

Me lembrou o filme da Pixar, do velhinho jogando xadrex com ele mesmo no parque...

Colafina disse...

Devia publicar estes teus comentários, este formato dá um bom post!

Nat disse...

Ainda estou tentando entender porque nunca soube disto aqui.

E certamente Borges dialogava consigo mesmo, apaixonado que era pela filosofia oriental de assumir que o interlocutor sempre tem razão. E quem poderia ter maior razão do que si mesmo?

O foda é lidar com a dicotomia de um diálogo monologado. Se um diálogo se propõe a expor um ponto de vista e experiências do interlocutor, um diálogo consigo mesmo só pode ser travado por uma pessoa, não com dupla personalidade, mas com uma análise bilateral dos acontecimentos que o cercam...

El Torero disse...

Uma análise bilateral dos fatos, ou tentativa, pode levar a uma eterna vacilação, a uma cadeira cativa 'em cima do muro'. Inércia.
Disse pode.
Seria uma procura pelo 'justo'? Querer pesar prós e contras, um tentar estar ou se colocar na pele dos outros?
Ou é coisa de quem não se leva à sério e se permite tirar sarro de si próprio.

El Torero disse...

É vaidade. Isto sim...tu te leva tão a sério, és tão narcisista que tens prazer em conversar contigo mesmo.
#
Tenho que reconhecer que és um cara interessante, boa praça, faz boa figura.

Nat disse...

A inércia é inevitável. E a análise bilateral dos fatos só é produtiva se for levada pela afeição, compaixão e vontade de tomar o lugar do outro para refletir. Dessa maneira, o muro não vai ter espaço nunca para se ficar em cima dele...

Só a maturidade é capaz de nos dar a fantástica capacidade de tirar sarro de nós mesmos. Só quem se divide com si mesmo é capaz de compartilhar com outros.

Cada um sabe a dor e a alegria de ser o que é...